Pesquisar este blog

sexta-feira, 30 de março de 2012

A Espera de um Coração


Dona Sueli estava preparando o jantar quando uma vizinha entrou desesperada e disse: - A Jéssica está caída ali no seu portão quase não está respirando. Sem hesitar pegou sua filha colocou-a no carro e a levou imediatamente para o hospital. Chegando lá foram realizados muitos exames e no dia seguinte o médico já tinha um diagnóstico, Jéssica estava sofrendo de uma cardiomiopatia que seria uma doença que atingem o músculo do coração e a única solução seria um transplante.

Como seria possível que uma jovem de apenas 15 anos estivesse passando por essa situação, minha filha sempre foi tão forte, - pensou sua mãe. Ela foi encaminhada para um hospital em outra cidade, pois deveria permanecer internada para que aparelhos e medicamentos pudessem auxiliar o funcionamento do seu coração enquanto aguardaria um novo. Logo que chegou ao hospital conheceu Samantha, uma jovem de 19 anos que já estava ali a 5 meses aguardando por um coração também. Elas se identificaram muito e se tornaram inseparáveis.

Nos primeiros dias Jéssica estava muito confiante e otimista, mas quando pensava que sua amiga já estava ali a tantos meses e nada, temia que o tempo da espera pudesse ser maior que o tempo que tinha de vida. Sua mãe lhe visitada 3 ou 4 vezes por semana, mas ela sentia muita falta de todos os seus parentes, amigos e principalmente do seu cachorro. Já a família de Samantha não a via a mais de 20 dias pois moravam em outro estado e ficava muito caro para vê-la sempre.

Certa tarde enquanto conversavam Samantha começou a ter muitas dificuldades para respirar, Jéssica chamou a equipe de emergência, mas Samantha lhe disse que tinha muito medo de morrer e que se algo lhe acontecesse que, por favor, ela procurasse sua mãe, lhe dissesse que ela havia deixado um bilhete na gaveta da sua escrivaninha antes de ir para o hospital. Os médicos logo vieram e fizeram todo o possível, mas infelizmente o coração de Samantha não havia suportado aquela espera e ela havia falecido.

Jéssica ficou desolada, sentia que seu relógio também corria mais e mais e que a qualquer momento seu coração também poderia parar. Alguns dias se passaram, e ela não sabia mais o que fazer para não ficar pensando que tinha pouco tempo de vida. Nesta mesma noite, há alguns quilômetros dali Caio se despede de alguns amigos que estavam no bar e contrariando seus amigos que lhe disseram que ele havia bebido muito, pega sua motocicleta coloca seu capacete e acelera, neste mesmo momento uma outra jovem acaba de sair do cinema, seu telefone toca ela para na calçada e atende, Caio perde o controle moto e a atinge em cheio.

A moça é levada para o hospital mas não resiste aos ferimentos, e a família autoriza a doação de seus órgãos e o coração é encaminhado para Jéssica que logo é operada e o transplante é um sucesso. Após se recuperar Jéssica vai à casa de Samantha e transmite o recado para mãe dela, esta imediatamente a chama ao quarto que era da Jovem abre a gaveta, pega a carta e começa a ler.

"Mamãe, Hoje estamos indo em busca de um novo coração, não sei se volto para casa, mas quero que saibas que estes 19 anos de vida valeram a pena pois aprendi muito com a senhora. Amo vocês."

Hoje Jéssica é uma nova pessoa, valoriza cada momento de sua vida e entendeu que a vida é apenas uma, breve para alguns ou longa para outros, mas apenas uma. Não deixe que sentimentos ruins tomem conta da sua vida e viva o agora, pois o tempo não para e a vida não nos espera, faça sua valer a pena.

Essa é uma história fictícia, mas real na vida de muitas Jéssicas e Samanthas espalhadas pelo mundo todo. Pesquisas apontam que o número de pessoas que necessitam de transplante é infinitamente maior do que o de doadores. Quantas Samanthas mais perderam suas vidas por causa do egoísmo de outros?

Seja um doador, doe vida!!!!

3 comentários:

  1. Parabéns pela criatividade! Muito interessante essa história e nos leva a refletir muito sobre esse tema de doação de órgãos.
    Muito Legal!!!!

    ResponderExcluir
  2. Realmente é uma ficção, mas quantas Jéssicas estão desesperadas nesse momento esperando um transplante. Ótima história!

    ResponderExcluir
  3. Com certeza é muito importante doarmos órgãos!
    Parabéns por divulgar textos com objetivos tão nobres como estes!

    ResponderExcluir